quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Email to a Friend or With a little help from a Friend

You don't want me to call you, fine. JUST FINE. It won't keep me from writing you.

So I called her and said: " What about... Mueller, six o'clock?" She said ok, but I regreted imediatelly I had even called her. My brother had broken up with his girlfriend a few days earlier and I thought he might need me. But he said it was ok, so... I went for it.

I got there at 5:15 to check out some books. She arrived exactly at six. "What are we going to do now ?", I asked. "What about the movies?" I said "yeah", so we checked out the schedule. There was this movie going on at 6:30. We bought the tickets, which I paid for and the 24 reais hurt. Besides, I wasn't much into movies that day.

I wanted to talk. So we talked a little bit before the movie - very little -, she bought popcorn and we went there. I felt like it was already the worst date I had ever been to. I didn't know what to say, it was weird, and she wasn't talking much either. So the film started and we stopped talking at all. No holding hands and nothing like that. The film was nice. Al Pacino and DeNiro, and yet, just nice. When the movie ended it was late and we went to the bus stop.

(I know what you're thinking, but see, it was a poor people´s date.)

Did it feel like a bad date? Well, got even worse. We were both tired and didn't talk at all. But, when we got to the bus stop, I had to say something and a light from the gods crossed my mind.

"What are you perspectives about us?"
"What do you mean exactly?"
I was speechless. She smiled sweetly.
"Are you shy?", she asked.
I don't think of myself as a shy person, but that awful date had made me shy. She gave me some help:
"What exactly you wanna do now?"
" If I had the nerves I would be kissing you right now."
Silence.
"Well,"
Silence again.
"I'm waiting."

What nice words to be said... So we kissed. Nothing very romantic: kissing at the bus stop with a lot of drunk people around heading home after a walk in Passeio Público. But she kissed so well and I was kissing so well that there was no better place to be but... there. The bus arrived, crowded. She said: "Don't worry. I'm not in a rush". God, it was great to hear that.
After that kiss everything changed. We kissed, huged, talked and kissed a little more. Did I already tell she kissed amazingly? Well, she did. A few buses passed by but we didn't care at all. When we finally got into one she started to say some great stuff. Nothing romantic, just things about herself, that revealed her character, and what a nice one! She invited me to go the "leprosario" with the SBEE people, told me about her volunteering experience in an institute for sick children. You don't always find a girl who do that. And we talked more. What an inversion: ten minutes earlier it was the worse date and now I couldn't let go of her. Every block the bus got by made me aflicted. I wanted it to last. We kissed more, talked more. Just perfect.

But it had to end and so it did. I went home with the greatest of ease!

I called her yesterday. The conversation wasn't as fluent as in the bus. Either of us are great phone talkers. I mentioned going out on friday but she didn't get much excited, for she works on saturday. I know we are just knowing each other. I know she may not be the girl I want to spend my life with. She might not even be a girl for a short term relationship, but that kiss was all I was longing for, to end up with a bad season that was carring on endlessly. I feel alive again, I'm seeing things in a different perspective. Things are going to be fine now, I can feel it!

email corrigido pela querida Barbara Lovelock que me é uma inspiração!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Namorando Modelos

Tem coisas que são tão trágicas que o jeito é dar umas risadas. Sei que muitos já disseram, outros escreveram isso. Sábios eles são. Esse tipo de coisa deve acontecer o tempo todo com alguém, com muitos alguéns, inclusive comigo. Mas não é sempre que se tem a prontidão e a capacidade de se ausentar do problema para realmente dar umas risadas.
Eu estava saindo com uma moça que já conhecia a anos mas que só tive coragem de sair com ela a pouco tempo. Meu irmão sempre me pergunta como ela é e eu sempre respondo com as únicas palavras que me vêem à cabeça: parece uma modelo. E parece mesmo. Alta, esguia, com um rosto agradável cheio de sardas. Fazia uma ou duas semanas que nós estávamos nos vendo. Vendo em termos, era mais por telefone que era feita toda a conversa e mesmo assim era pouca por falta de tempo. Foi em uma Sexta feira que eu saí com meu irmão que tive a última notícia dela. Chamei ela para ir junto, ela estava cansada demais e pediu desculpas. O cartão telefônico acabou mas antes deu tempo de eu me despedir. No dia seguinte liguei à noite para ela, aquelas carícias e agrados de namorado ou candidato a namorado mas ela não estava, tinha ido viajar. Ela nunca tinha me falado desta viagem então eu estranhei. Domingo a noite liguei novamente e nada.
Naquele Domingo, junto com a leve depressão que acompanha o fim do fim de semana me veio o medo. Algo me dizia que tinha acabado. Pelo menos para isso minha intuição serve, para me avisar de antemão que estou prestes a levar um fora e me deixar angustiado até realmente levar o fora.
Intervalo de aula e eu no fim da fila para usar o telefone público. Aquela que seria a última ligação, já trágica por antecedência. A mãe dela atendeu.
- Boa noite, a Jenifer está ?
- A Jenifer casou.
Meio dúzia de clichês diferentes tomaram conta do meu corpo: faltou ar, faltou chão, faltou tudo. Casou ? Nem mesmo minha intuição sádica me preparou para algo como aquilo. Alguns dias antes eu estava junto dela, beijando e trocando carícias, pensando em como conseguir dinheiro para a aliança de compromisso e agora ela esta casada? Algo devia estar errado. A senhora, mãe da Jenifer, uma senhora com o “r” arrastado, do campo, deve ter uma idéia diferente da minha. Será que ela simplesmente saiu de casa em um momento de raiva e foi morar com uma amiga, irmã, amigo ou ela realmente saiu de casa com um homem a tiracolo e foi morar com ele. Perguntas jorravam na minha mente. Como assim, casou ?
- Como assim casou ?
- Foi contra minha vontade, ela saiu de casa. Eu tentei segurar ela mas não pude fazer nada.
Logo depois ela ainda falou um “fazer o que” meio choroso, se despediu e desligou. Saí meio abatido do telefone. Tinha certeza que ela estava mentindo e que na verdade a Jenifer não queria me ver mais, idéia que todos me tiraram da cabeça com o argumento óbvio de que ninguém mentiria uma coisa dessas. Aquele foi o mais próximo de um namoro que tive. E com uma modelo, veja só. Me doía o peito durante a aula, não porque eu gostasse tanto dela, foi mais o choque. Casou ? Me contive para não ligar de volta, ainda me contenho, e perguntar que diabos foi aquilo tudo que aconteceu. Meu medo maior é que a própria Jenifer atenda e eu veja que o problema sou eu. Quando cheguei em casa as coisas estavam mais tranqüilas na minha cabeça. Depois de contar para alguns amigos e ouvir uns bons cinco minutos de risada comecei a rir eu também. E esse é o legal da dinâmica da vida. Uma hora você tem uma modelo na mão e dez minutos depois ela esta casada, e não com você! Só comigo mesmo.

Bendito Copo

Eu costumo comprar refrigerante em lata. O problema delas é que não vem em grande quantidade como o refrigerante grande do Mc Donald´s, e em se tratando de quantidade de refrigerante eu sempre tendo a escolher a maior. Naquele fatídico dia eu optei pelo maior, um copo grande de um refrigerante de cola, e subi para o terraço do shopping. Em dias quentes como aquele nem o ar condicionado industrial da conta do recado e nada melhor que uma breve brisa, mesmo que seja cercada pelo cheiro do cigarro dos fumantes que se vêem presos àquele único terraço.
Todas as mesas estavam ocupadas. Não só as mesas como também os espaços e o único lugar vago era na beira do terraço. Lá fui eu, entre encontrões naquele amontoado de pessoas e o odor de diferentes cigarros. Como aquelas pessoas não estavam lá pela brisa tive sorte de ficar em um lugar onde ela batia com voracidade, mas não tinha onde por o refrigerante. Sobrou apenas o parapeito do terraço, e lá eu pus. Não o teria feito se soubesse desse terrível hábito dos copos de refrigerante que tem como natureza pular de lugares altos, problema que eu não enfrentaria com as latas. E eu estava em um lugar alto.
O copo foi caindo pelo telhado mas a tampa, que geralmente se solta em nossa mão quando não deve, corajosamente se manteu presa ao copo até onde não pude ver mais. Fiquei apenas imaginando o copo dando inúmeras piruetas pelo ar até encontrar alguém que estaria passando nesse momento (sempre tem pessoas passando em momentos como esse) e sendo atingida por um copo que devido a coragem da tampa estaria completamente cheio.
Todos ao redor olharam. Naquele momento odiei todos aqueles fumantes por terem visto a queda e ainda por cima me olharem com aquele olhar risonho como se fosse minha culpa e não do copo. Como desejei que estivesse sozinho e pudesse fazer uma fuga pelo shopping deixando de lado o fato de que alguém estaria molhado lá em baixo por culpa do meu copo. Malditos fumantes!
Desci as escadas apressado. Apressado e com medo pois não fazia idéia de quem teria sido atingido. Poderia tanto ser uma criança inofensiva, que as essas alturas estaria chorando com algum segurança a lhe consolar, como poderia ser um homem de dois metros de altura que tem como hobby o péssimo habito de freqüentar academias, mas com certeza teria alguém.
Sai pela frente do shopping e dei a volta até os fundos onde imaginava que o copo havia feito sua fenomenal queda. E lá estava ele, a uma distância de dois metros de uma moça que com um lenço secava as pernas com um segurança a lhe ajudar. Apesar do susto, do refrigerante doce que junto com o suor de um dia quente lambuzava suas pernas, ela sorria. Talvez por ter tido a sorte de estar dois metros a direta do incidente.

Seu sorriso não era dos mais lindos. Nem se vestia como uma princesa, a não ser que elas agora trabalhassem como executivas para ajudar na renda familiar. Mas tinha algo nela que me chamou a atenção. Não só a minha como a do copo também que eu tenho quase certeza se jogou por ela. O que pensariam os fumantes do terraço se pudessem ler meus pensamentos naquele momento, pensamentos que não eram de desculpas e sim de galanteio? E se soubessem que eu pretenderia culpar um deles, que seria o suposto dono do copo e que eu seria o gentil cavalheiro que descera no lugar do ingrato que não se importava com pessoas? Danem-se aqueles fumantes! Era meu direito. Todos tem momentos ruins mas só os bravos e astutos tornam isso uma oportunidade. E a oportunidade estava ali, coube a mim agarra-la
O nome dela era Carla. Conversamos pouco tempo, coisas fúteis, conversa fiada. Falei do quando o dono do copo riu da hipótese de ter acertado alguém e conversamos sobre em que ponto se encontrava a humanidade. Ela sorriu algumas vezes mas estava atrasada para o serviço. Em nenhum momento surgiu a oportunidade de uma troca de telefones, até porque tais oportunidades vem com a coragem e essa falhou. Me despedi com a promessa de recriminar a podridão da natureza humana, representada por aquele fumante do terraço.Vi ela partir, juntei o copo da calçada e fui em busca de um lugar mais seguro para tomar uma brisa.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Funeral de João Carlos da Silva

Ainda saia fumaça da xícara de café. Ele alcançou no armário da cozinha a cesta de pães e sentou-se diante da mesa que não era farta, somente pão e café. Abriu o jornal que o porteiro acabara de trazer. O porteiro já era velho conhecido e foi atendido pelo morador com seu pijama listrado de inverno e suas pantufas de couro e de lã. Trocaram algumas palavras mas, pela cara de ambos, só iriam acordar depois das dez. Separou o caderno financeiro de um lado, não o interessava, estava apenas atras do caderno cultural e dos obituários.
Com uma caneta colorida circulou os possíveis programas que passariam na televisão aquele dia e que poderiam interessa-lo e anotou um horário de um filme que entraria em cartaz e que ele nunca chegaria a ver. Depois de feitas as preliminares partiu para o principal: o obituário.
Um homem de setenta anos pode Ter muitas coisas para fazer como hobby. Alguns de seus conhecidos se encontravam no calçadão da cidade para conversar e tomar algumas xícaras de café; uns gostavam de ler o jornal sentado ao banco da praça, devorando até a parte financeira. Ainda tinha um que freqüentava bailões. Ele não. Chegando ao final da vida, cansado e solitário resumia sua sociabilidade aos funerais. Era lá que era feliz. Não era muito chegado ao enterro, achava muito íntimo, e como nunca tinha intimidade com o morto reservava-se apenas as conversas do velório.
Naquele dia o obituário seria sua salvação. O caderno cultural não lhe trouxe muitas anotações, as que trouxe não valiam um níquel. Pensando positivo para Ter uma tarde agradável, abriu a página com esperança. Em um anúncio grande que parecia Ter cores no preto em branco, viu o nome do morto: João Carlos da Silva. Ficou um tempo parado. Um certo sorriso pareceu se formar em seu rosto. Não era desdém. Leu o resto do obituário com certa cautela e voltou para o de João, o morto do dia. Estava feita sua programação da tarde.

Uma imensa nuvem de vapor o seguiu quando ele saiu do banho demorado. Parecia haver saído de uma máquina que o banhara e vestira e o penteara com precisão. Apanhou as chaves de casa no balcão e rumou para a porta.
Fazia muito frio lá fora. Tinha sorte de sua máquina de vestir Ter lhe colocado seu sobretudo e luvas de couro. O trânsito era intenso e a dificuldade de conseguir um taxi foi grande.
- Para o cemitério das saudades, por favor.
Segui o resto da viagem calado, como era de costume. Chegando ao cemitério um novo sorriso lhe saltou no rosto: além do destaque no jornal, as coroas e a quantidade de rosas era imensa, o que lhe aumentou a consideração que ele tinha do morto.
Quando se tem setenta, ele sempre pensava, não há motivo para cerimônias na hora da conversa. Em dez minutos já se considerava chegado a família do morto bem como de seus amigos. Riu quando pensou que poderia Ter trocado a visita ao cemitério por um filme dublado de pré adolescentes a volta com seus animais de estimação na tv. E os canapés estavam uma delícia também
Por volta de cinco da tarde era hora do último adeus. Lágrimas escorriam do rosto das mulheres e os homens contorciam o rosto para não chorar. O caixão vazio precisava ser preenchido e todos voltaram para o senhor que chegar por último de táxi e que atendia pelo nome de João Carlos da Silva. Ele olhou para todos e o sorriso que sondava seu rosto durante todo o dia se converteu numa gargalhada gostosa que trouxe alguns sorrisos para o velório. Alguns de seus amigos o ajudaram a subir no caixão. Com dificuldade conseguiu deitar-se. Hesitou um pouco quanto como se portar dentro dele mas já era escolado em velórios e conseguiu dar um jeito. Seus seis filhos estavam em volta do caixão para carrega-lo. Fecharam o caixão e o escuro tomou conta de sua alma. Felizmente não precisaria ir ao enterro. Esse era só para os íntimos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A Primeira Cigarrilha

Seu planos costumavam falhar. As coisas mais simples até davam certo mas qualquer coisa mais elaborada, sofisticada, falhava. Ainda mais se envolvia manter algo em segredo ou por ser algo "errado" de se fazer. Portanto, este estava fadado a não dar certo.
Neste dia, cheio de entusiasmo, ele pegou sua mochila e foi em direção ao shopping. Ônibus lotado, calor infernal, nada tirava sua determinação e concentração. Não percebia as pessoas ao seu redor e a única coisa, fora o plano, que passava por sua cabeça era um copo de café. "O maior que tiver, preto, copo descartável"
Chegando no shopping foi direto para o Café. Era um desses bem chique que servia todos os tipos de café, quente, gelado, além de uma imensa variedade de salgado e doces. Incluseve cigarrilhas.

- Moça, que sabor de cigarrilha você tem ?
- Só estes três que estão à mostra.
- E quanto é cada carteira ?
- Seis reais ?
- Seis reais ? Mas eu só tenho quatro e cinquenta.
- Dá para comprar um desses cigarros com sabor. Tá três reais.
- Não serve. Têm cigarrilha avulsa ?
- Um real cada.
- Vou ficar com duas.
- Qual delas ?
- Qual vende mais ?

Pegou as duas cigarrilhas que a moça lhe deu, comprou uma caixa de fósforo e um café.
- Me dá um café, o maior que tiver, preto, copo descartável.
Sentou à mesa, abriu seu caderno em uma página em branco. Se concentrou um pouco, parecia não acreditar que estava dando certo. Acendeu a cigarrilha com muito estilo e deu uma tragada. Seus olhos brilhavam com um misto de alegria e enjôo. Não estava acostumado a fumar. Tomou um gole de café e esperou. Continuou fumando e bebendo seu café. Nada. A página em branco parecia desafia-lo.
A cigarrilha acabou e ele acendeu outra. O café estava gelado mas ele estava economizando pois não tinha dinheiro para outro.
Lá fora o calor estava mais baixo, o sol já não cegava mais os olhos e as coisas pareciam mais calmas.
Era inútil insistir. Ele guardou o caderno com a folha ainda em branco, jogou fora o copo descartável do café e foi pegar mais um ônibus lotado a caminho de casa.

Não Diálogos - Apresentação

Não diálogos são aqueles que só acontecem na minha imaginação que é o único lugar onde todas as pessoas estão em sincronia umas com as outras e acontecimentos favorecem que tais diálogos existam.
Os meus não diálogos nunca aconteceram e nem vão. Caso um dia ocorra de um escapar para a realidade será o último pois ou o mundo esta acabando ou eu atingi essa tal felicidade e não precisarei mais fazer “terapia” com um blog.
Eles em geral são diálogos que eu imagino ter com moças por quem eu estou afim, conhecendo ou não. As vezes podem acontecer em um bar com uma qualquer. Claro que não tem esse como tema exclusivo. Amigos, pais, irmãos também fazem parte.
Eventualmente apareceram contos pois esse é meu único espaço e eu tenho de aproveita-lo.


Ricardo Knopak